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Dor de Cabeça
Prof. Sebastião Gusmão
A dor de cabeça ou cefaleia é talvez o mal que mais acomete a huma- nidade. Entretanto, o cérebro é insensível à dor. As estruturas no crânio sensíveis à dor são principalmente as artérias, as meninges e os músculos. Nestas estruturas está a origem da dor de cabeça.
 
A dor de cabeça pode ser determinada por vários fatores ou doenças. Mas do ponto de vista prático podemos dividir as cefaleias em dois grupos: primárias e secundárias. Nas primárias a dor constitui a própria doença. São representadas pela enxaqueca e pela cefaléia tensional que acometem grande parte da humanidade. As secundárias são causadas por inúmeros fa- tores que vão desde uma ressaca até um tumor ou hemorragia cerebral.
 
Assim, uma dor de cabeça pode ser um fato banal ou sinal de uma do- ença. Quando ocorre dor intensa ou persistente é fundamental a avaliação médica. O médico irá definir se se trata de cefaléia primária (enxaqueca ou cefaleia tensional) ou cefaléia consequente a alguma doença: lesão estrutu- ral do cérebro ou do crânio, alteração metabólica ou infecção. A dor deve ser sempre vista como um sinal de alarme indicando que algo está errado em nosso organismo. No caso de suspeita de dores de cabeça secundárias ou incomuns, o médico pode pedir exames para excluir causas graves, como um tumor. Dois exames são comumente utilizados: tomografia computadori- zada e ressonância magnética.
 
Vamos abordar aqui apenas as cefaléias primárias que mais acometem a humanidade: cefaléia tensional e enxaqueca.
 
A cefaleia tensional é geralmente uma dor difusa, de leve a moderada intensidade na cabeça, muitas vezes descrita como a sensação de uma faixa apertando o crânio. É o tipo mais comum de dor de cabeça, e cerca de 38% a 74% dos brasileiros sofrem com cefaleia tensional.
 
A cefaléia tensional ou cefaléia por contração muscular acomete prin- cipalmente o indivíduo adulto e preferencialmente as mulheres. È geralmente bilateral e localiza-se principalmente nas regiões frontal e occipital, mas po- dem acometer toda a cabeça. Trata-se geralmente de dor surda e persistente e descrita como uma sensação de peso, pressão ou aperto. Nos casos mais leves, a cefaléia se desenvolve durante ou após tensão emocional. Na forma crônica, o paciente percebe a cefaleia assim que levanta e assim permanece através do dia, sem relação com o conteúdo emocional das atividades diári- as. É frequente a cefaléia tensional nos pacientes deprimidos e ansiosos. Quanto à freqüência e duração, pode ocorrer desde cefaléia de uma hora de duração, recorrendo a cada poucos meses, até dor sem remissão, presente o dia todo.
 
Um fator constante na produção da cefaleia de tensão parece ser a in- capacidade de relaxar os músculos da face, do couro cabeludo e da nuca. O músculo em tensão prolongada impede a passagem do sangue através dele, levando ao acúmulo de substâncias tóxicas que desencadeiam a dor. Dores de cabeça tensionais são geralmente desencadeadas por algum tipo de es- tresse de origem externa ou interna. Estar exposto ao estresse diariamente pode levar à cefaleia tensional crônica.
 
O tratamento primário consiste no combate à ansiedade e depressão, que geralmente estão associados à cefaleia tensional. Isso é feito por meio de psicoterapia e técnicas de relaxamento. O tratamento medicamentoso é realizado por meio de antidepressivos e tranquilizantes. Cada caso requer uma conduta terapêutica específica.
 
A enxaqueca ou migrânea é cefaléia de forte intensidade, unilateral, pulsátil ou latejante, acompanhada de náusea, vômitos, fotofobia (intolerân- cia à luminosidade), fonofobia (intolerância à sons altos) ou osmofobia (into- lerância a diferentes cheiros), podendo ser precedida de aura (sintoma neu- rológico transitório, comumente sob a forma de alteração de campo visual ou cintilações).
 
A enxaqueca afeta grande parte da população mundial e é mais co- mum em mulheres. Pode iniciar-se na infância e é rara aparecer depois dos 45 anos. Pode ser uma queixa de toda a vida. Mais da metade dos pacientes com enxaqueca apresentam uma história familiar, indicando que trata-se de doença herdada, através de um gene.
 
A freqüência das crises podem variar de crises raras a várias crises semanais e geralmente persistem por menos de um dia. Vários fatores po- dem precipitar ou agravar as crises, como: tensão, alterações hormonais, alimentos e hipoglicemia. A crise durante o período da menstruação é, mui- tas vezes, mais intensa e mais prolongada e é denominada enxaqueca menstrual.
Poucos minutos antes de iniciar a dor, muitos pacientes apresentam distúrbios visuais: começa a ver pontos cegos, pontos luminosos, vagalu- mes ou só conseguem ver a metade dos objetos que enxerga. A dor é sem- pre pulsátil ou latejante. Alguns pacientes relatam que “é como se o coração estivesse pulsando na cabeça”. Pode ocorrer de um só lado da cabeça ou em ambos.
 
A enxaqueca é causada por um desequilíbrio químico no cérebro. Esse desequilíbrio envolve hormônios e substâncias denominadas peptídeos e neurotransmissores.
Muito se sabe hoje a respeito da enxaqueca e muito pode ser feito pelo paciente que sofre dela, mas não há cura completa e satisfatória. A enxa-queca não destrói a vida, mas pode destruir a alegria de viver. Por tal motivo é fundamental o tratamento com o especialista (neurologista). O tratamento consiste em medidas quanto aos hábitos de vida e o uso de medicamentos. Felizmente, nos últimos anos foram desenvolvidas algumas drogas potentes para o combate das crises de enxaqueca ou para a prevenção das mesmas.
 
Em conclusão, frente a um quadro de dor de cabeça o fundamental é procurar um médico, que por meio de exames determinará se a cefaleia é primária (cefaléia tensional, enxaqueca) ou secundária (consequente a uma doença ou lesão). Apesar da cefaléia tensional e da enxaqueca não terem uma cura definitiva, elas podem ser controladas por meio de tratamento ade- quado.
 
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